O meu gosto pela leitura

 
Os livros fazem parte da minha vida. Sempre que faço anos ou no Natal, nos meus presentes estão sempre livros. A família e os amigos sabem do meu gosto pela leitura e contribuem para o aumento da minha “biblioteca”. Como tenho que efectuar diariamente um longo percurso de comboio para chegar ao emprego, tenho sempre a companhia de um livro.
Actualmente estou a ler a “Herança do gelo” da Nora Roberts. O meu gosto pela leitura é muito abrangente, mas tenho preferência por romances policiais e thrillers e, nesse género tenho preferência por alguns autores como: Lisa Gardner; Patrícia Mc Donald e Robert Wilson. Num género mais romântico gosto da autora Nora Roberts da qual já possuo uma quantidade bastante considerável de livros. Gosto também do autor português, José Rodrigues dos Santos, do qual tenho todos os livros publicados até agora. De todos, o que mais gostei foi “A Ilha das Trevas”, que nos dá a conhecer um pouco da história de Timor-Leste, durante a invasão da Indonésia.
Muitos dos livros que leio são emprestados pela minha amiga Paula e pela minha cunhada Telma, que partilham comigo o gosto pela leitura e assim fazemos trocas de livros.
Não tenho conta dos livros que já li… alguns são simplesmente melhores que outros. Com eles é possível viajar nas diferentes épocas, países… enfim, dependendo da qualidade do autor, podemos ir até onde a nossa mente nos levar. Mas existem aqueles livros que nos fazem pensar e reflectir. Um dos últimos em que isso me aconteceu foi “Nunca te perdi”, da autora Linda Howard. O livro é sobre uma jovem americana, Milla, que vai para o México, onde o marido foi colocado como médico. Têm o primeiro filho e quando ele tem três meses é raptado no mercado. Milla, durante uma década, procura o filho e junta-se a uma O.N.G. na procura de crianças desaparecidas no México. Durante esse tempo encontra muitas crianças desaparecidas, mas não a sua. Durante as buscas coloca a sua vida em perigo ao cruzar-se com redes de tráfico de crianças. O casamento acaba e o marido refaz a sua vida. Ela continua sozinha na procura do filho. Quando finalmente o encontra, ele tinha sido adoptado por uma família que o adora, mas que nunca lhe contara da adopção. Ao deparar-se com a situação e ao ver que o seu filho estava feliz, tomou a difícil decisão de deixar o filho na família de adopção por saber que era o melhor para ele. Ao tomar essa decisão, Milla demonstra que o amor de mãe é realmente incondicional.
 Ao ler este livro, reflecti seriamente sobre o caso “Esmeralda”, a menina que foi retirada aos pais adoptivos com 5 anos e que gerou tanta polémica e discussão na opinião pública. O amor por um filho não tem precedentes e, no caso da Esmeralda, era bom que alguns dos intervenientes tivessem a mesma coragem da “Milla” e pusessem em primeiro lugar o bem-estar da criança.
 Em virtude de gostar muito de ler, tornei-me sócia do Círculo de Leitores, o que me possibilita, de uma forma mais cómoda, estar a par das novidades na literatura, podendo escolher os livros, adquiri-los e recebê-los em casa. Também frequento a Biblioteca de Almada, no fórum Romeu Correia, onde tenho uma oferta muito mais abrangente de temas. Os serviços de biblioteca pública são um bem cultural que permitem o acesso à leitura a todos, com base na igualdade, sem distinção de raça, religião, nacionalidade ou condição social. É um centro local de informação, que torna prontamente acessíveis, nos seus utilizadores, o conhecimento e a informação de todos os géneros. Cabe aos utilizadores, por sua vez, o dever de preservar esse bem cultural.
 
Maria de Assunção Miguel, RVCC Nível Secundário, Grupo 19